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Carta / Força 27 - Caamanha, a mãe do mato

27-Caamanha, a mãe do Mato.jpg

Música e Letra: Artur Vidal e Maria Lalla Cy Aché

Caamanha, mãe do mato

Curupira , Caapora

Guardiã do Santuário 

dos rios, fauna e flora

Madeireiros, garimpeiros,

Não se pode confiar.

Mata quem mata as matas!

Ela é quem tudo vê.

Cada rio poluído, cada mata que arder

Quando cai a noite fria...

O que pode acontecer?

Ela invoca os animais e marca ...

Volte para o seu lugar

Seu lugar não é aqui

Porque o bicho vai pegar.

Ela é a face negra da mãe , guardiã da natureza

 

Carta / Força Vinte e Sete – A Caamanha, a mãe do Mato

 

 

         Uma das faces da mãe escura é a Caamanha, a Mãe do Mato que protege as florestas e os animais silvestres, punindo quem produz os desmatamentos, as queimadas, os caçadores , invasores  e mineradores. Ela pune toda e qualquer violência contra a natureza.

            O terror causado pela Mãe do Mato era tão grande que os trabalhadores que atuavam na floresta usualmente desatavam suas redes, por medo que a Mãe do Mato, protetora dos animais fabulosos, colocasse nelas gravetos enfeitiçados, que teriam efeito de morfina e fariam os homens cair em sono profundo para serem devorados por animais.

            Câmara Cascudo, o principal folclorista do Brasil, descreve "Caamanha" como um mito original do Pará que teria sido expandido e adaptado para outras regiões do Brasil. São as versões regionais do mito, como Caipora (Caapora), Curupira ou Comadre Fulozinha, que acabaram se tornando mais populares que o mito original.

            A Comadre Fulozinha, por exemplo, é mais conhecida no nordeste brasileiro. Nessa versão, é descrita como o espírito de uma menina cabocla de longos cabelos negros. Em todas as versões é considerada uma protetora das matas, que castiga aqueles que ousam desrespeitar a natureza.

            Curupira ou Caapora são sêres fantasmagóricos, descritos como peludos e com os pés voltados para trás, as vezes com aspecto feminino, São guardiãs da floresta que levavam os caçadores e invasores do seu Santuário a se perderem nas matas,punindo-os com pesadelos ou até mesmo a morte.

 

            Pergunta: Você é uma guardiã da natureza? Já precisou enfrentar pessoas que sujam os rios, cortam árvores, envenenam árvores ou plantações, caçam ou maltratam animais silvestres?

 

            Mandinga : Faça uma ação capaz de produzir consciência ecológica. Pode ser um cartaz, uma campanha ou algo que seja capaz de criar um impacto e se for preciso denuncie onde os santuários da natureza estiverem sendo agredidos. Muitas vezes uma boa conversa educativa pode gerar grandes transformações e se a destruição persistir, é preciso impedir mais violência contra a Mãe Terra..

       

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